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Mostrando postagens de setembro, 2008

Auto-da-fé

Luiz Fernando Veríssimo, no jornal Estado de São Paulo, de 25 de setembro: "O vocabulário dessa crise do capital financeiro é evocativo: as instituições falidas estão sendo “sanadas”, livradas dos seus ativos “podres”, “purgadas” das suas práticas espúrias, garantidas contra o “contagio” de um mercado doente... "Poderíamos estar na Veneza do século treze, ouvindo pregações contra o pecado da usura e seus efeitos na higiene social e na alma dos cidadãos, ou na Florença de Savanarola, que também misturava corpo sensual e corpo político e pretendia purgar os dois da ganância e das tentações do dinheiro auto-gerado, claramente uma idéia do Diabo. Os cristãos de então consideravam a cobrança de juros uma comercialização herética do tempo, e vinha de Aristóteles a condenação da usura porque dinheiro não pode procriar como um animal. "Um contemporâneo de Shakespeare escreveu que o usurário vivia da “lechery”, lascívia, do dinheiro e não era incomum relacionarem a reprodução ant

Dize-me do teu gosto musical e direi como és

Há grande correspondência entre gosto musical e características da personalidade. Esta é uma recente conclusão de uma pesquisa realizada com mais de 36 mil pessoas ao redor do mundo. A pesquisa, liderada pelo prof. Adrian North, diretor do departamento de Psicologia Aplicada da Universidade Heriot-Watt , está sendo considerada como a mais abrangente já feita nessa área. O estudo sugere que fãs de música clássica são introvertidos, enquanto aficionados de heavy metal são afáveis e vivem em paz consigo mesmo; fãs de country trabalham duro e também são sociáveis como os fãs de reggae, que já não seriam chegados na dureza do batente; fãs de “indie” (termo genérico para música independente/alternativa) sofreriam com baixa auto-estima, mas seriam criativos como os apreciadores de música clássica, reggae, pop/rock e jazz. Estes três últimos estilos são do gosto de pessoas com elevada auto-estima. Segundo o professor North, são surpreendentes “as similaridades entre fãs de música clássica e f

Quarteto para o fim dos tempos

Os furacões e terremotos de ordem natural e econômica das últimas semanas levaram os arautos do fim do mundo a soarem suas trombetas mais uma vez. Contudo, o que está acontecendo são sinais de tempos apocalípticos sérios e que merecem nossa compreensão? Ou será esta nova crise generalizada apenas mais uma turnê do fim do mundo? Se observarmos os eventos atuais de maneira isolada, compartimentada, obteremos somente uma visão parcial e pouco confiável do que se chama eventos finais. Porém, se tivermos uma perspectiva mais global, se compreendermos a interrelação de fatos concretos, encontraremos evidências de uma crise conjuntural diferenciada. Consideremos, então, alguns acontecimentos utilizando a forma de um "quarteto para o fim dos tempos". 1º movimento - O declínio americano : a invasão do Iraque pelos Estados Unidos acirrou os ânimos anti-americanos de várias partes do mundo; a difusão de uma cultura estética erotizada, violenta e efêmera fez recrudescer o ímpeto ultra-

Are you 'shure', Aline Barros?

Depois do radiopastor e da telepastora assistimos a chegada de mais uma modalidade: a popstora . É como popstora que Baby do Brasil (ex-Baby Consuelo, ex-cantora-do-mundo e esquisita) se define. Pelo menos, esta reconhece o fator pop na sua carreira de pastora. Mas no mundo gospel neopentecostal, ninguém se define como popstora, nem mesmo como artistas. São todas “levitas” que “abençoam” as multidões de “fiéis” que participam das “ministrações” e “intercessões”. A revista Backstage passou a dedicar algumas páginas ao mundo gospel. Na edição 162 (seção Boas Novas), além da agenda dos levitas e resenhas positivas de lançamentos de seus cds e dvds, há uma breve matéria que informa que “as ministrações de Aline passaram a contar com a alta qualidade dos produtos da marca Shure”. Depois, somos informados sobre os modelos que a cantora utilizará com exclusividade. Em propagandas de página inteira (revistas Igreja e UpGospel! ) vê-se uma foto da cantora no palco com a legenda: “Aline Barros

O cinema, eu e o outro

Logo após o ataque terrorista do 11/9/2001, circulou um e-mail em que visualizava-se o que parecia ser um rosto na formação de nuvens de poeira e fumaça que saía das Torres Gêmeas. O autor anônimo não tinha dúvidas: era "o rosto do diabo". Quem divulgou o e-mail certamente nunca viu o dono do rosto. Então, isso só tinha um objetivo: demonizar os autores do ataque terrorista. É claro que o atentado de 11/9 foi um ato terrível e nada celestial. Mas não há notícia de imagens que mostrem uma ‘face do mal’ no cogumelo atômico produzido pelas bombas americanas sobre o Japão, ou nas nuvens de napalm sobre o Vietnã, ou nos destroços causados por terremotos e tsunamis. Hollywood passou décadas representando o “outro”, o estrangeiro, com todos os estereótipos possíveis. O latino sujo e barulhento, o italiano passional e teatral, o francês esnobe e arrogante, o russo espião e conspirador. Mas o pior tratamento foi relegado aos árabes. Apesar de toda a riqueza cultural e diversidad

Mulheres, cérebro, música

Acabo de ler que, segundo o Conselho Superior de Pesquisas Científicas da Espanha, o cérebro dos homens têm até 30% a mais de conexões entre neurônios. Calma. O Conselho ainda foi molhar o bico para depois completar dizendo que isso não significa necessariamente que os homens são mais inteligentes que as mulheres. Concordo. E aposto que esses 30% a mais não são conexões Tigre. Os autores da pesquisa publicada na última edição da revista PNAS argumentam que isso quer dizer que os cérebros de homens e mulheres diferem quanto ao processamento de informações. É uma descoberta e tanto considerando-se que até ontem maldosamente se pensava que a diferença nesse processamento se devia à pigmentação capilar aloirada ou à submissão prolongada à teleprogramas infantis de apresentadoras com elevado índice de pigmentação louro-capilar. A equipe científica detectou diferenças entre homens e mulheres em uma área do cérebro relacionada com os processos sociais e emocionais e a capacidade humana de at

A volta de Jesus em 4 músicas

Neste sábado, dia 06, mais de 20 milhões de exemplares da revista Viva com Esperança serão distribuídos pela Igreja Adventista em toda a América do Sul. Jornais de grande circulação também vão encartar as revistas e distribuí-las nesse dia: O Globo (285 mil cópias), O Estado de Minas (70 mil) , Super (MG, 145 mil), Diário Catarinense (60 mil) e Tribuna (Vitória, 72 mil). Como “trilha sonora” para o evento, selecionei quatro músicas que expressam a esperança na segunda vinda de Jesus. Chegou a hora – Jader Santos Filho, vai chegou a hora Filho, vai sem mais demora (...) Já preparei a casa, já preparei a mesa Filho, Me traz de volta Quem criei, quem perdi E na cruz resgatei O refrão dessa música é uma resposta ao desejo revelado no início ( já ouvimos tantas vezes sobre a volta de Jesus / nosso coração anseia ver o brilho de Sua luz ). Segundo a Bíblia, ninguém, a não ser o Pai, sabe quando será o dia do retorno de Cristo. O compositor imagina o Pai dizendo ao Filho que, enfim, chegou

Esportistas, graças a Deus

Valdeno Brito tem 34 anos e nasceu em Campina Grande, Paraíba. Estreou na categoria em 2004 e nunca havia vencido uma prova, apesar de já ter conquistado duas poles. Ele é o único nordestino da Stock Car. - É muito difícil formar pilotos por lá, pois não temos um autódromo – disse o piloto. - Parei de correr em 2004 por falta de patrocínio. Só voltei em 2004 graças a uma ajuda do governo da Paraíba. Foi um milagre, pois nunca desisti e sempre confiei em Deus. Ele diz ainda: Todos na Medley [sua equipe] merecem. Sou apenas uma parte da preparação da equipe. Por isso, o prêmio será compartilhado por todos. Intervenção divina ou não, o fato é que a corrida lhe foi surpreendentemente favorável, mesmo considerando que “surpresa” não é bem uma novidade no mundo do automobilismo. No duelo entre Luciano Burti e Ingo Hoffman pelo terceiro lugar, Valdeno Brito levou a melhor. Hoffman perdeu o controle do carro e Burti foi punido com uma ida ao boxe por encostar em Jorge Neto. Com a troca de pne