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Mostrando postagens de maio, 2009

graças a todos

Enfim, a caminhada do mestrado chegou a bom termo. Na quinta-feira, 28/05, apresentei a defesa da minha dissertação na UNESP. E viu a banca que o trabalho era muito bom. Ouvir os elogios (desculpem o baita e byte surto de imodéstia, já vai passar) e as sugestões para este trabalho e para futuras pesquisas, pronunciadas por especialistas que admiro e respeito, os professores doutores Alberto Ikeda (etnomusicólogo - UNESP) e Leonildo Campos (ciências da religião - Universidade Metodista, SP), validou e aprovou o suor deste escriba que ora torna-se mestre em música/musicologia. Minha orientadora, profa/dra Dorotéa Kerr, elevou meu nível de exigência e estimulou o raciocínio e a formulação adequada. Um galo sozinho não tece uma manhã Ele precisará sempre de muitos outros galos Esses versos de João Cabral de Melo Neto dizem tudo sobre a gratidão de um pesquisador como eu, que não teci essa dissertação sozinho, mas precisei de quem me indicasse a porta de entrada dos livros: meus pais, de qu

a megadecibelização do louvor

Quando no livro de Amós (capítulo 5) se lê que Deus pede para que "se afaste dEle o barulho dos instrumentos de louvor" deve-se entender que Ele não está dizendo que se pare de tocar qualquer instrumento musical que seja. O problema, na verdade, é o falso espírito de louvor de um povo que O louva com seus lábios mas O desonra em seus corações, fazendo da música apenas um ruído desagradável. Vê-se um Deus menos preocupado com o estilo musical e mais atento ao estilo de vida do adorador. Porém, se alguém disser que os versos de Amós se referem ao atual volume das bandas de louvor estará exegeticamente errado, mas auditivamente correto. A intensidade exagerada das vozes e instrumentos se deve primordialmente à má direção musical - onde está o equilíbrio entre os instrumentos e as vozes dos cantores do grupo e da congregação? Submersa pelos decibéis empolgados da banda, a congregação acaba assistindo a um concerto. Essa megadecibelização do louvor contribui para uma inversão de p

poemãe

Agora que as compras para o Dia das Mães têm a sublime função de debelar a crise financeira mundial, mais que uma retribuição materno-comercial esse dia torna-se um dever cívico global. Como uma pátria-mãe gentil, o governo reduz impostos e sobretaxas a fim de estimular os filhos deste solo a saírem empunhando seus cartões de crédito pelos shoppings e camelódromos. Quantas vezes já não se cantou “mamãe, mamãe, és a rainha do lar” ou quantas serenatas já não louvaram o “avental sujo de ovo” da mulher que tudo suporta? Se antigamente o povo (não muito a contragosto, diga-se) aguentava as xaroposas canções de homenagem às mães na voz de Agnaldo Timóteo, agora ouve-se ardorosamente os mercadores berrantes das Casas Bahia. O cancioneiro nacional idolatrava e idealizava a figura da mãe como sofredora por um filho ingrato, como provedora de todo afeto que se encerra, cujas boas chineladas de correção doem mais no seu coração do que nos fundilhos do filho rebelde. Eu também já cometi u