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Mostrando postagens de outubro, 2009

para ler e ver

Fim de semana esticado até segunda. Troca de provedor de internet. Viagem com o Curitiba Coral por Blumenau e Floripa. Desculpas eu tenho para não postar um novo texto no blog. Mas posso indicar uns textos mais antiguinhos, mas não arcaicos, agarantcho-lhes: Para o sábado, uma reflexão: o compositor cristão no tempo . Para o domingo, uma dica para assistir: o ano em que meus pais saíram de férias . Para a segunda, assista o filme, jogue bola, converse, leia um livro, ou coisa sempre melhor que o blog deste web-escriba. Bom descanso a todos!

a religião ecológica

A causa ecológica, sempre preocupada com hábitos do velho homem, assegura que nosso planeta não passa de 2030. Resta somente repetir os versos de uma canção dos anos 80: É o fim da aventura humana na Terra. Uma das razões é o aquecimento gradual do sol, ex-amigo dos seres viventes. Banho de sol, nem pensar, mocinha. Resta aquela outra canção sobre um banho de lua para ficar branca como a neve ! Tirem as crianças do sol, deixem as crianças na sala! O sol agora pode causar doenças terríveis como alegria, prazer e vitamina D, coisas opostas a esse mundo que mergulha em depressão e neurose ecológica. Não vá sair agora para o sol do meio-dia, melhor evitá-lo entre 10 da manhã e 3 da tarde. Claro que tomar sol em excesso pode causar câncer. Mas, diga aí, o que nesse mundo já não causa câncer? Veja também as estatísticas de morte no trânsito e pergunte quantos andam pensando seriamente em largar o volante. É completamente cabível abdicar de refrigerante e de certos programas de TV que tamb

cristianismo: letra e música

O que tem mais impacto sobre uma pessoa? A música ou a letra da música? Essa é uma pergunta de difícil resposta e não raro vemos gente defendendo a supremacia da música sobre a letra ou vice-versa. Vamos àqueles que acreditam que a letra é predominante na recepção musical. A letra, é claro, não é algo desimportante. As letras das canções de protesto de Chico Buarque e Geraldo Vandré miravam as injustiças e desmandos da ditadura , sendo que seus autores e intérpretes eram, no mínimo, frequentemente intimados a dar explicações sobre uma frase ou outra de uma música. Tom Jobim foi inacreditavelmente vaiado no III Festival Internacional da Canção (1968), quando sua música "Sabiá", de harmonia sofisticada e letra lírica, venceu a simples e direta "Pra não dizer que não falei das flores", dos versos Caminhando e cantando e seguindo a canção... A letra, para a plateia que estava na final do festival, parecia o elemento principal da estética musical. Apesar de não ser uma

notícia para quem precisa de notícia

Lembra das sereias cujas vozes aveludadas vozes atraíam irresistivelmente os combatentes de Ulisses, o herói com algum caráter? As musas irresistíveis de hoje são a fama midiática e o desejo de ser celebridade. Quando a fama chama, não há decência, palavrinha ultrapassada, hein?, que resista. Recentemente, um casal (e mais um sócio) aprontou uma típica jogada de marketing para divulgar um projeto de série para TV fazendo voar um balão que estaria carregando por descuido um de seus filhos. O alarme foi disparado, as imagens se espalharam, o serviço de emergência foi mobilizado, mas poucos dias depois a farsa foi descoberta. Esse golpe publicitário aparentemente inspirado nas aventuras da animação Up , em que uma criança e um ancião voam desastradamente numa casa-balão, virou caso de polícia porque envolveu, além da mentira descarada, uma criança. E criança perdida no espaço só pode nas ficções da TV. Se Ulisses amarrou o próprio corpo no mastro da jangada para não se atirar no mar das

cem palavras: fama para todos

Este "cem palavras" de hoje será o mais twitter, digo, o mais curto de todos o que já postei. Com menos de 140 caracteres, dois aforismos separados por 30 anos que apontam os rumos da democratização da fama: No futuro, todo mundo será famoso por quinze minutos. Andy Warhol Na internet, todo mundo será famoso para quinze pessoas. Justin Hall

outra leitura: cristãos no mundo pós-moderno

É bom ler um texto que não sai espancando a pós-modernidade sem maiores explicações, mas em vez disso, aponta suas deficiências e potencialidades e ainda nos diz para reformularmos nossas ações para melhor espelhar o cristianismo nesses tempos. Não podemos querer viver como se vivia há cem anos. Eu não sou do grupo que adoraria viver sem telefone, internet, água encanada e cartão de débito. Como dar relevância e sentido hoje à mensagem cristã? É necessário repensar estratégias de aproximação com pessoas que desconhecem ou desqualificam o cristianismo da Bíblia. O mundo virtual, a música, os livros (e sobretudo uma vida honesta e digna) podem fazer muito. Em um texto sucinto, mas não superficial, Michelson Borges delineia alguns aspectos da pós-modernidade e sugere uma mudança de atitude, mas não de princípios e valores, no "ide ao mundo e levai as boas novas". Uma frase do texto: Mas não podemos ser nostálgicos a ponto de querer retornar à modernidade. Temos que pregar o evan

razão adulta, fé infantil

O cristianismo bíblico descreve o ser humano como filho de Deus, o Pai. Considerando que Deus é amor, não poderia haver filiação mais desejada do que esta, certo? Quase certo, se todos enxergassem a relação homem-Deus como filho-Pai. Considerando que muita gente possui um histórico de relações com Deus em que repressões, más interpretações, autossuficiência e abusos podem ter levado a traumas espirituais quase irreparáveis, insisto aqui na compreensão de Deus como um Pai amorável que deseja o melhor para cada criatura Sua. A letra de "O meu louvor é ser feliz", de autoria de Valdecir Lima (a música é de Lineu Soares), tem uma simplicidade aparente cuja superfície não esconde a profundidade da abordagem. É como se a letra fosse um regato de água translúcida a ponto de enxergarmos o leito, sendo esse córrego cristalino tão belo em sua pequenez quanto qualquer imensidão amazônica. Quero depender de Deus nEle crer e nEle confiar O pensamento moderno sobre Deus é que, se Ele não e

everybody loves rio

Everybody loves Rio. É difícil não olhar para a capital carioca como se ela fosse nada mais que uma paisagem abençoada por Deus e bonita por natureza, que beleza! Os séculos passam e o povo continua na toada de que o Rio de Janeiro continua lindo, apesar da fumaça, apesar da desgraça, apesar do tráfico de drogas e de influências. Costumamos dividir a cidade em pessoas e cartão-postal . Depois separamos os habitantes em civis e governantes, sendo os primeiros a galera carnavalesca e hospitaleira e os segundos uma corja corrupta no ativo e no passivo. Foi assim, com a memória embevecida pelas belezas naturais e artificiais que o comitê olímpico escolheu o Rio de Janeiro como sede dos jogos de 2016. Havia outros argumentos, até porque o Rio já tinha batido na trave três vezes nas escolhas de sedes olímpicas passadas: o Brasil nunca sediou uma Olimpíada, a América do Sul nunca sediou uma Olimpíada, o comitê não costuma escolher o mesmo continente duas vezes seguidas (os jogos de 2012 s

meus heróis NÃO morreram de overdose

Leio que Julie Andrews completou 74 anos em 01 de outubro. Dá pra acreditar? A Maria de A Noviça Rebelde tornou-se uma septuagenária. Podem chamar de sentimental e convencional, mas é difícil resistir à Julie Andrews surgindo numa colina verdejante e girando com os braços abertos e cantando a bela “The sound of music”. Tudo bem que depois tem aquelas sete notas musicais ou sete crianças, o que dá no mesmo. Mas logo aparece uma Julie enamorada cantando “Something” e o resto é Oscar, história e lágrimas. O cantor Cazuza dizia numa música que seus heróis morreram de overdose. Ele próprio escolheu viver e morrer como seus heróis. As mídias fingem odiar esse tipo de herói, mas são elas que cobrem cada nova celebridade com sua cota televisiva de vaidade (quando tudo vai bem), falso moralismo (quando tudo vai mal) e confete post-mortem . Todo astro recém-falecido por overdose é coroado com um mito: o melhor é morrer jovem e famoso. Essa é a maior falácia da cultura pop, um engodo que tem leva