[O site da revista Rolling Stone destacou uma pesquisa sobre música e velocidade no trânsito. Meus comentários sobre os resultados seguem depois].
Os adeptos do cooper sabem que não há nada como uma música agitada explodindo nos ouvidos para aumentar o pique da corrida. Não dá para ouvir canções calminhas ou você vai é querer voltar para a cama.
Agora, essa mesma lógica, quando aplicada a um motorista, pode ser perigosa. É isso que mostra uma pesquisa realizada pela empresa fabricante de peças de automóveis Halfords, que entrevistou condutores para saber se o comportamento deles é afetado pela música que ouvem enquanto estão atrás do volante. 60 % dos participantes responderam que sim.
A análise continuou para saber quais faixas afetavam esse comportamento e o resultado foi o seguinte:
As mais perigosas
Os adeptos do cooper sabem que não há nada como uma música agitada explodindo nos ouvidos para aumentar o pique da corrida. Não dá para ouvir canções calminhas ou você vai é querer voltar para a cama.
Agora, essa mesma lógica, quando aplicada a um motorista, pode ser perigosa. É isso que mostra uma pesquisa realizada pela empresa fabricante de peças de automóveis Halfords, que entrevistou condutores para saber se o comportamento deles é afetado pela música que ouvem enquanto estão atrás do volante. 60 % dos participantes responderam que sim.
A análise continuou para saber quais faixas afetavam esse comportamento e o resultado foi o seguinte:
As mais perigosas
1 - Beastie Boys - "Sabotage"
2 - The Prodigy - "Firestarter"
3 - Papa Roach - "To Be Loved"
4 - Kanye West - "Stronger"
5 - Rachmaninoff - "Prelúdio em Dó Sustenido Menor"
Foi feita também uma lista de músicas tranquilas:
As mais calmas
1 - Vivaldi - "As Quatro Estações"
2 - Jack Johnson - "Breakdown"
3 - Adele - "Someone Like You"
4 - Coldplay - "Yellow"
5 - Fleetwood Mac - "Landslide"
Fonte: Rolling Stone Brasil (música + volante: perigo constante?)
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Nota na Pauta: a soma de música + volante pode ser perigosa. Mas apesar do trocadilho, não dá pra fazer uma ligação direta. Há outros fatores envolvidos, como: faixa etária - jovens entre 18 e 30 anos; consumo de álcool e outras drogas; pressa; velocidade; desatenção; desprezo pelo código de trânsito. Agora junte um grupo de alcoolizados velozes ouvindo sons furiosos. Aí é perigo constante. Principalmente se eles seguirem a letra da música que estão ouvindo. Confira alguns trechos:
Firestarter (a segunda mais "perigosa"): "eu sou o iniciador do problema, sou o perigo ilustrado, sou um incendiário" e assim a letra segue com o cara no maior orgulho de ser um detonador. Parece o hino do homem-bomba.
To be loved (terceira no Top Danger): "aumente o volume, eu quero ouvir você berrar, fique pronto para por o pé na tábua". Puro desejo de potência, porque no refrão ele entrega a carência: "Eu quero respeito, eu só quero ser amado". A levada é pauleira, mas a auto-estima é de dar inveja ao Restart.
Mas o perigo não é só rap e eletropunk. Até músicas lentas oferecem risco à segurança. A quinta colocada nada mais é do que o lento e doloroso Prelúdio em Dó Sustenido Menor, de Rachmaninoff. Entendo. Tem canções do grupo português Madredeus que na voz pungente de Teresa Salgueiro também deixa a gente pensativo e distante. E carro não é bem o lugar pra ficar pensando na morte da bezerra.
A ligação entre música e fisiologia humana às vezes é superestimada. Mas a despeito da importância dos fatores culturais e sociais envolvidos na escuta musical, essa pesquisa sobre música e velocidade no trânsito demonstra que nossa reação psicossomática (mente e corpo) imediata não pode ser menosprezada.
Comentários
Quero mesmo uma música que me ajude a sair da cama de manhã! Sugestões? =)
Agora, se for pra levantar correndo, meu professor de regência dizia pra gente colocar "Acorda, Maria Bonita...".rsrs