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Mostrando postagens de março, 2014

ditadura no Brasil: 50 anos, 5 músicas

Para o historiador Eric Hobsbawn, a contestação também é uma forma de patriotismo. Patriotas seriam aqueles que mostram seu amor pelo país desejando renová-lo pela reforma ou pela revolução ( Nações e nacionalismos desde 1780 ). Mas para a ditadura militar no Brasil, ser patriota significava ficar caladinho diante do regime que não tolerava críticas.  O golpe militar de 31 de março de 1964 completa 50 anos. Ninguém vai cantar parabéns. Mas para lembrar a resistência político-musical naqueles anos de chumbo, selecionei 5 canções-símbolo (clique nos links para ouvir). 1 - "Disparada" Em 1966, o primeiro prêmio no Festival de Música Popular da Record (na era pré-Edir Macedo) foi dado à “Disparada”, de Geraldo Vandré: Prepare o seu coração pras coisas que eu vou contar Eu venho lá do sertão e posso não lhe agradar O recado da música mal camuflava a crítica ao regime opressor:  Porque gado a gente marca / Tange, ferra, engorda e mata  Mas com gente

a parábola do bom samaritano gospel

O primeiro: O piano tocou a introdução, o coral cantou um salmo de Davi no estilo barroco, depois entoou um canto polifônico sobre o texto de Romanos 13. Parte da congregação achou que estava ouvindo a “verdadeira música sacra”. Outra parte não entendeu nada, mas achou tudo muito bonito, embora meio tedioso. E o regente saiu batendo no peito dizendo que música sacra não é para agradar as pessoas, e sim a Deus. O segundo: A bateria fez a introdução, o cantor pediu pra bater palma e mandou tirar o pé do chão, depois repetiu dez vezes um refrão de quatro versos. Parte do público não entendeu nada, e achou tudo muito constrangedor. Outra parte achou que agora a igreja conseguiria “alcançar os jovens”. E o showman saiu dizendo que o que importa é a letra e o coração. O terceiro cantou uma música que ajudou a curar feridas, a dar esperança, a devolver confiança. Que música ele cantou? Não sei. Só sei que nem no Israel moderno se achou tamanha fé e louvor tão sincero.

O pregador que rasgava conselhos sobre música sacra

Duas ou três coisas que eu sei sobre o caso do pregador Horne, que rasgou livro de compilação de conselhos sobre música sacra sob o pretexto de que "ninguém" os pratica. 1 - Se isso foi uma atitude de coragem, estou esperando pra ver outro imaculado rasgar os Conselhos sobre Regime Alimentar, já que "ninguém" os pratica. Ou então é pra rasgar a página dos 10 Mandamentos sob a justificativa de que "ninguém" os pratica? 2 - A interpretação "zelosa" de alguns é diametralmente oposta à moderação e à intenção da autora dos conselhos. 3 - Assim como tem uma turma cantando pra torcida, tem outra turma pregando pra plateia e não para congregações. Parece que só a primeira turma merece reprimendas públicas. 4 - Cuidado com o pregador que ilude o público com generalizações. Mais cuidado ainda com quem rasga e queima livros. 5 - Na sua argumentação, o exterminador de páginas diz que por essas demonstrações musicais os crentes são tomados por um